Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941 – Mindelo, 17 de dezembro de 2011) foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora foi maioritariamente relacionada com a morna, por isso também apelidada de “rainha da morna”. Era conhecida como a diva dos pés descalços. O filme Tchindas presta tributo a sua música.
Cesária Évora tinha quatro irmãos. O pai Justino da Cruz tocava cavaquinho, violão e violino. Quando jovem foi viver com a avó, que havia sido educada por freiras, e assim acabou passando por uma experiência que a ensinou a desconsiderar a moralidade excessivamente severa.
Entre os amigos estava B. Leza, o compositor favorito dos cabo-verdianos, que faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Desde cedo, Cize, como era conhecida pelos amigos, começou a cantar e a apresentar-se aos domingos na praça principal da cidade, acompanhada pelo irmão Lela, no saxofone. Mas a vida está intrinsecamente ligada ao bairro do Lombo, nas imediações do quartel do exército português, onde cantou com compositores como Gregório Gonçalves. Aos 16 anos, Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo proclamada a “Rainha da Morna” pelos fãs.
Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo – companhia de pesca criada por capital local e português -, recebendo conforme as actuações que fazia. Em 1975, ano em que Cabo Verde conquistou a independência, Cesária, frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas à dificuldade económica e política do jovem país, deixou de cantar para sustentar a família. Durante este período, que se prolongou por dez anos, Cesária teve de lutar contra o alcoolismo. Cesária chamou a esse período de tempo, os Dark Years.
Cesária Évora tinha quatro irmãos. O pai Justino da Cruz tocava cavaquinho, violão e violino. Quando jovem foi viver com a avó, que havia sido educada por freiras, e assim acabou passando por uma experiência que a ensinou a desconsiderar a moralidade excessivamente severa.
Entre os amigos estava B. Leza, o compositor favorito dos cabo-verdianos, que faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Desde cedo, Cize, como era conhecida pelos amigos, começou a cantar e a apresentar-se aos domingos na praça principal da cidade, acompanhada pelo irmão Lela, no saxofone. Mas a vida está intrinsecamente ligada ao bairro do Lombo, nas imediações do quartel do exército português, onde cantou com compositores como Gregório Gonçalves. Aos 16 anos, Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo proclamada a “Rainha da Morna” pelos fãs.
Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo – companhia de pesca criada por capital local e português -, recebendo conforme as actuações que fazia. Em 1975, ano em que Cabo Verde conquistou a independência, Cesária, frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas à dificuldade económica e política do jovem país, deixou de cantar para sustentar a família. Durante este período, que se prolongou por dez anos, Cesária teve de lutar contra o alcoolismo. Cesária chamou a esse período de tempo, os Dark Years.
Encorajada por Bana (cantor e empresário cabo-verdiano radicado em Portugal), Cesária Évora voltou a cantar, atuando em Portugal. Em Cabo Verde foi convidada por José da Silva a ir para Paris onde acabou por gravar um novo álbum em 1988 “La diva aux pieds nus” (A diva dos pés descalços) – que é como se apresenta nos palcos. Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar a gravação do álbum “Miss Perfumado” (1992). Desde então fixou residência na capital francesa. Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2004 conquistou um prémio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa Christine Albanel.
Em setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se encontrar muito debilitada, a editora, Lusafrica, anunciou que a cantora pôs um ponto final na longa carreira.[4]
Morreu no dia 17 de dezembro de 2011, com 70 anos, por “insuficiência cardiorrespiratória aguda e tensão cardíaca elevada”. Um jornalista espanhol do jornal “Público” falou com ela 36 horas antes de sua morte, em sua casa, em Mindelo.
a o Congelo – companhia de pesca criada por capital local e português -, recebendo conforme as actuações que fazia. Em 1975, ano em que Cabo Verde conquistou a independência, Cesária, frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas à dificuldade económica e política do jovem país, deixou de cantar para sustentar a família. Durante este período, que se prolongou por dez anos, Cesária teve de lutar contra o alcoolismo. Cesária chamou a esse período de tempo, os Dark Years.
A casa de Cesária Évora
Encorajada por Bana (cantor e empresário cabo-verdiano radicado em Portugal), Cesária Évora voltou a cantar, atuando em Portugal. Em Cabo Verde foi convidada por José da Silva a ir para Paris onde acabou por gravar um novo álbum em 1988 “La diva aux pieds nus” (A diva dos pés descalços) – que é como se apresenta nos palcos. Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar a gravação do álbum “Miss Perfumado” (1992). Desde então fixou residência na capital francesa. Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2004 conquistou um prémio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa Christine Albanel.
Em setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se encontrar muito debilitada, a editora, Lusafrica, anunciou que a cantora pôs um ponto final na longa carreira.[4]
Morreu no dia 17 de dezembro de 2011, com 70 anos, por “insuficiência cardiorrespiratória aguda e tensão cardíaca elevada”. Um jornalista espanhol do jornal “Público” falou com ela 36 horas antes de sua morte, em sua casa, em Mindelo.
Discografia
1965 – Mornas de Cabo-Verde & Oriondino (vinil simple, 45 RPM, C. Évora & Conjunto)
1987 – Cesária
1988 – Cesária Évora, La Diva aux pieds nus
1990 – Distino di Belita
1991 – Mar Azul
1992 – Miss Perfumado
1994 – Sodade – Les plus belles mornas de Cesaria (Best of)
1995 – Cesária
1995 – Cesária Évora à L’Olympia
1997 – Cabo Verde
1998 – Best of Cesária Évora
1998 – Nova Sintra
1999 – Le monde de Cesária Évora
1999 – Café Atlântico
2001 – Cesária Évora : L’essentiel
2001 – São Vicente di Longe
2002 – Anthology
2002 – Anthologie: Mornas & Coladeras (LP duplo)
2002 – The Very Best of Cesária Évora
2003 – Voz d’Amor
2004 – Les essentiels
2006 – Rogamar
2008 – Rádio Mindelo (early recordings)
2009 – Nha sentimento
2010 – Cesária Évora &
2013 – Mãe Carinhosa
DVD
2002 – Live in Paris
Duos
1999 – É doce morrer no mar (por Dorival Caymmi) cantado com Marisa Monte;
2009 – Crepuscolare Solitudine, cantado com Gianni Morandi;
2009 – Ricordo d’Infanzia, cantado com Gigi D’Alessio
2010 – La Voce dell’Amore, cantado com Ron
Outras colaborações
1995 – Sangue de Beirona Remix (por François K)
1999 – Césaria Evora Remix (por François K e Joe Claussell)
2003 – Carnaval de São Vicente Remix (EP)
2003 – Club Sodade Remixes, Cesaria Evora by… (Carl Craig, Francois Kervorkian, Kerri Chandler, Four Hero, Señor Coconut, etc.)
2009 – Capo Verde terra d’amore, vol. 1 (LP, cantado com Teofilo Chantre em italiano) – “Crepuscolare Solitudine”, “Ricordo d’Infanzia”;
2010 – Capo Verde terra d’amore, vol. 2 (LP, cantado com Teofilo Chantre em italiano) – “La Voce dell’Amore”;
2012 – Capo Verde terra d’amore, vol. 3 (LP, cantado com Teofilo Chantre em italiano) – “Mar de Canal – DVD”
Reconhecimentos e prêmios
Em março de 2022 o documentário Cesária Évora, sobre a vida da cantora cabo-verdiana, foi estreado mundialmente no festival South by Southwest, tornando-se a primeira longa-metragem portuguesa a figurar na seção oficial deste festival estadunidense.[6][7] O filme, realizado pela jornalista portuguesa Ana Sofia Fonseca, foi estreado em Portugal durante a jornada inaugural da edição 2022 do festival IndieLisboa.
Comentários da publicação (0)