JORNAL DE ANGOLA
A apresentação dos concorrentes foi feita numa cerimónia que aconteceu no pátio da LAC- Luanda Antena Comercial. Carla Romero, a directora executiva da 26ª edição do Festival da Canção de Luanda, começou por fazer um balanço do que foi feito ao longo da fase preliminar, com a recepção de mais de trezentas composiçoes para avaliação que resultou na escolha dos dez finalistas.
Apresentou o júri desta edição, do qual fazem parte o escritor José Carlos de Almeida, a cantora Dina Santos, o produtor Tatá de Almeida e o jornalista Manuel Quizembo. A directora executiva do “Festival da Canção” falou das cinco categorias, com destaque para o regresso do prémio para o Melhor Produtor, que junta-se aos de Melhor Voz, Melhor Letra, Unitel-LAC, Voto Popular e o da Melhor Composição. Quanto ao processo de preparação dos candidatos, fez um rescaldo dos três seminários realizados, respectivamente sobre som para espectáculos, composição e ambientte, assim como a parceria com a TV Zimbo.
Com Carla Romero estiveram outros membros da organização. Armando Zimbugana falou dos desafios que tem para a preparação vocal dos cantores. Tony Lopes falou das condições da produção técnica e aspectos logisticos. No lado mais artistico, Tony Frampênio desvendou os aspectos da coreografia da rapsódia e os artistas que participarão, enquanto que Nino Jazz partilhou a sua preocupação na inovação nos arranjos, destacando a proeza de ter montado para esta edição uma banda onde apostou em jovens talentosos e promissores.
O evento foi marcado pela exibição do convidado desta edição, o músico Toty Sa´Med, que cantou os temas “Manhã de Domingo” e “Woman no Cry”, deixando um pequeno resumo do que levará na noite do dia 22 de Setembro, um passeio pelas músicas que as rádios tocaram ao longo dos tempos e que influenciaram o seu album “Moxi”.
Ainda na senda do que está a ser projectado, um colectivo de cantores formado por artistas como Jay Lourenzo, Gary Sinedima, Benção, Neide da Luz, Odeth Cassilva, Nonó e outros em representação de antigos concorrentes, proporcionaram um momento musical com alguns temas da rapsódia que terá como convidado o músico Flay.
A apresentação dos dez concorrentes contou com o acompanhamento da banda de Nino Jazz, integrada por Omar Grooz (percussão), Marjil (teclados), Luis RR (baixo), David Smith ( teclados), Mário Cawizo (coros), Pedro Contreiras (coros), Jack da Costa (bateria) e Mário Gomes (guitarra).
As vozes do concurso
Allaviinoz é Albino da Costa Esteves, que concorre com o tema “Cacos de Amor”, que tem como letrista e compositor Emanuel Kanda, numa produção conjunta com Carlos Kalandula. Joelson Missula traz a música “Presentes ao Luar”, que tem como letrista, compositor e produtor Lenadro Costa “Kafé”.
Eliude Prata apresenta “Luanda”, uma letra e composição de sua autoria, com a produção de Wlademar Devox. Yetu é Hermenegildo Gonga Muondo e aposta na composição e na letra “Kudimuka”, música que tem a produção de Azevedo Clássico.
Jornicy Manuel é Jacinto Manuel Benjamim, proveniente do Bié e trás “Terra querida” com letra e composição de sua autoria, tendo recorrido a Zé Linto para a produzir. Lucénia Gomes traz como proposta “Sadikila Mamã África”, cuja letra e composição são de Nelson Sales, com Dominick Mukeba na produção.
Tomás Baltazar defende “Heróis Angolanos” com letra e composição de sua autoria, numa produção de José Ngoia. Sara Saka vai concorrer cantando a música “Movimentos”. A artisra criou a letra e a composição e contou com a produção de Ivan Alekxei e Venâncio.
CC é Domingos da Conceição e apresenta “Monami”, numa produção de Santos Figueiredo, numa letra e composição do próprio CC.
Olinda Simeão vem da Huila com “Sem você por cá”, uma canção cuja letra e composição são suas, mas conta com a ajuda, na produção, de Wilson Baptista.
O Festival de Setembro
No espectáculo, a LAC tem a co-produção da TV Zimbo, parceira que acolheu a edição anterior.
Com uma história de 26 anos, o Festival da LAC, como é comummente conhecido, movimenta uma cadeia de valor que vai muito além da música. É responsável pela formação de um conceito de qualidade em relação aos produtos musicais, o que acrescenta a personalidade dos jovens um espaço na sua afirmação como cidadãos úteis na sociedade.
O Festival da Canção de Luanda surgiu seis anos após a criação da primeira rádio privada do país, a Luanda Antena Comercial (LAC), a 25 de Setembro de 1992, na fase da abertura democrática em Angola. Maria Luísa Fançony, Mateus Gonçalves e José Rodrigues – o trio que encabeça a LAC – como resultado das experiências adquiridas na Rádio Nacional de Angola (RNA) em concursos e eventos musicais, lançaram em 1998 a festa setembrina da música.
O guitarrista e compositor Carlos Praia foi o vencedor da edição 2022 com a composição “Caçula”, uma letra de Carlos Ferreira “Cassé”, defendida pela jovem Zinga Sona, que também levou para casa o prémio de “Melhor Voz”. Nesta edição foram ainda premiadas “Nós e a Rua” de Rosa Aires, em parceria com Scoth Cambolo, que ficou com os prémios “Melhor Letra” e “Unitel-LAC”. Naurica foi a “Melhor Intérprete”.
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