A palavra “diálogo” foi a mais utilizada hoje pela ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, no encontro com dezenas de artistas brasileiros residentes em Lisboa, que expuseram os desafios e as dificuldades por que passam em Portugal.
Na sua intervenção inicial do encontro, organizado pela Casa do Brasil em Lisboa, Margareth Menezes salientou também o que classificou como “desmonte” encontrado no Ministério da Cultura quando há cerca de oito meses assumiu a pasta no novo Governo do Presidente, Lula da Silva.
“Encontrámos no Ministério da Cultura um desmonte, um ataque às políticas públicas para o setor”, salientou a ministra, referindo-se ao governo anterior de Jair Bolsonaro.
“Foi deliberado. Nós temos exemplos muito fortes: a Biblioteca Nacional, a Fundação Palmares. A fundação Palmares, foi depredada mesmo e, por exemplo, o Ibram [Instituto Brasileiro de Museus], o Iphan [Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional], as obras, todas as recuperações deixadas pelo meio do caminho, o desligamento das informações dos patrocinadores para a receita federal. Nós encontramos todo o tipo de coisa dentro do ministério, então, essa reconstrução, isso que estamos fazendo em oito meses completos agora, é uma entrega potente para o que nós tínhamos encontrado lá”, detalhou.
No encontro com os artistas brasileiros, Margareth Menezes ouviu muitas queixas e pedidos de apoio e a todos respondeu com “diálogo” e a necessidade de ter tempo para acorrer a todos as demandas.
“Estamos buscando o diálogo com o setor. É importante de mais a gente ouvir as necessidades, porque nesse momento de retomada é muito importante, porque só a partir daí que a gente pode fazer um diagnóstico e ver o que é que o Ministério da Cultura pode fazer, especialmente na questão dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura que estão fora do Brasil”, salientou.
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